● ROTEIRO 30 DIAS – Junho 2006. Menção à inauguração da exposição individual "Desejo e Emoções: O Ofício da Viagem" – organização da Junta de Freguesia de Oeiras e S. Julião da Barra, na BIBLIOTECA OPERÁRIA OEIRENSE – patente ao público entre 22 de Junho e 15 de Julho 2006
● JORNAL DE OEIRAS – 9/5/2006: Menção à Exposição individual na Biblioteca Operária Oeirense – organização da Junta de Freguesia de Oeiras e S. Julião da Barra – de 22 Junho a 15 de Julho 2006
● O PRIMEIRO DE JANEIRO – 31/1/2006: Glosa sobre a Exposição no Espaço d'Arte da PT no Porto – de 17 de Janeiro a 3 de Fevereiro 2006
● JORNAL O PÚBLICO – 18/1/2006; 2/2/2006: Menção à Exposição no Espaço d'Arte da Portugal Telecom no Porto de 17 de Janeiro a 3 de Fevereiro 2006
● JORNAL DE MATOSINHOS – 12/1/2006; 1/2/2006: Menção à Exposição no Espaço d'Arte da PT no Porto, evento apoiado pelo Clube PT e a PT Comunicações – de 17 Janeiro a 3 Fevereiro 2006
● O DESTINO PORTO – Menção à Exposição no Espaço d'Arte PT no Porto – de 17 Janeiro a 3 de Fevereiro 2006
● AGENDA DO PORTO – Janeiro; Fevereiro; Março 2006. Menção e Glosa de Fernando Baleiras à Exposição colectiva no Espaço d'Arte PT no Porto – patente entre 17 de Janeiro e 3 de Fevereiro 2006
● DIÁRIO DE NOTÍCIAS - MADEIRA – 2/8/2005: Glosa sobre a Exposição individual, inaugurada no Centro Cultural e de Congressos do Porto Santo – patente ao público entre 1 e 6 de Agosto 2005
● NOTÍCIAS DA MANHÃ – 25/6/2005. Artigo do jornalista Vasco Lopes. Menção à Exposição em Porto Santo
● Quartzo, Feldspato & Mica – Umbigo #137:
Noite de sábado. Noite de pintura e de amigos. Tudo isto na "Cem Medos" (Livraria, Galeria, Café Cultural), Rua da Rosa, 99, em pleno coração do Bairro Alto. Pretexto: inauguração da primeira exposição individual de Fernando Baleiras, que "nasceu a 28 de Dezembro de Mil Novecentos e Sessenta Depois de Cristo, algures numa região designada por Ribatejo (terra de toiros e campinos)". Noite em que o Fernando vendeu três quadros, todos eles com títulos bem grandes, a suscitar a perplexidade do receptor. Nas telas, a mulher e o erotismo são temas quase omnipresentes, num estilo "naif" que às vezes lembra Malangatana, outras desliza para uma tangente à geometria, vertente menos nítida da sua pintura. Quadros com tons fortes, com figuras ou esboços de figuras à deriva, com torsos provocadores, com pernas de traço largo, seios voluptuosos e motivos fálicos que poderiam lembrar o Cais das Colunas, nos tempos em que ele existia. Num deles, em tons de rosa e branco, homenageia-se o grande banda-desenhista italiano Milo Manara. Pretexto para o autor destas linhas dizer umas palavras sobre o autor, invectivado pelo poeta e declamador Von Trina, que animou a sessão, acompanhado pelo músico Pedro Mulder, ambos parcela do grupo "O seu contrário". De resto, muita gente teve oportunidade de dar a sua opinião sobre a obra de Fernando Baleiras. E o pintor explicou o que tinha a explicar, no que as suas pinturas tinham de explicável. Porque antes de mais a pintura de Baleiras consiste num pacto instintivo entre a tela e as tintas. O abstraccionismo é nitidamente vencedor na sua obra. Pelo que encontrar nexos de causalidade entre títulos e telas será missão de alguma dificuldade para o visitante que não tenha um conhecimento profundo do pintor. Houve tempo para beber um chá "Entrevista com o Vampiro" (a extensa lista de chás do "Cem medos" é toda ela composta por nomes de livros ou filmes), enquanto ao lado se deixava arrefecer um "África Minha" e se comia um bocado de tela de Fernando Baleiras. Bem, convém esclarecer que era um apetitoso bolo, com uma reprodução de tela. Uma noite cultural no Bairro Alto, rodeados de livros, pinturas, música e amigos. A exposição está patente até dia 18 de Fevereiro. Luís Graça
● NOTÍCIAS DA MANHÃ – 17 de Fevereiro de 2005: Artigo (baseado em entrevista) de duas páginas (centrais) com indicação na 1ª página (fotos de pinturas e do autor) pelo jornalista Vasco Lopes. Várias referências e análise ao percurso artístico de Fernando Baleiras. Segue-se a entrevista:
Um dom escondido anos a fio
Fernando Baleiras sentiu o chamamento das artes com tenra idade, mas, durante anos a fio, este pintor de Oeiras limitou-se a utilizar o seu dom apenas como uma “válvula de escape”. Um dia, chegou o momento em que os muitos quadros que pintara se transformaram em exposição… Vasco Lopes
Com que idade descobriu que tinha o dom da pintura? Creio que esse dom está comigo desde que me conheço como pessoa. Mas, eventualmente, podemos situar o início da minha “carreira”, como pintor, aos 14 ou 15 anos, no Ribatejo, quando o meu irmão agarrou num quadro que eu tinha pintado e decidiu colocá-lo numa exposição. Naquela altura, dificilmente se poderia dizer que eu fosse um pintor propriamente dito, já que os meus trabalhos, a esse nível, limitavam-se a uma ou outra experiência com guaches ou tinta-da-china. Posteriormente, ainda experimentei tentar trabalhar com óleo, mas esta técnica revelou-se extremamente trabalhosa e morosa, pelo que foi justamente nessa altura que decidi enveredar pelo acrílico.
Nesse caso, pode dizer-se que a descoberta do acrílico foi o momento de viragem da sua carreira como pintor... Em grande medida, pode-se dizer que sim. Na verdade, agarrei com “unhas e dentes” essa técnica, uma vez que o acrílico permite desenvolver o meu trabalho de forma mais célere, o que, por seu turno, faz com que possa pintar com mais regularidade e ir mudando de temática. Claro está, durante os “anos loucos” da faculdade, acabei por fazer alguns “interregnos” na minha actividade, uma vez que me vi obrigado a conciliar os estudos, o trabalho e os meus deveres familiares.
No entanto, o seu trabalho artístico foi, durante largos anos, uma espécie de segredo bem guardado… Inicialmente, pintava apenas por gozo pessoal, sem me importar minimamente com a opinião de quem quer que fosse. Na verdade, jamais me pronunciei sobre esta questão a ninguém. Nem sequer me preocupava se este ou aquele quadro iria condizer com os móveis da sala ou de qualquer outra divisão da casa. Era mesmo um caso da arte pela arte. Aliás, pensando bem, hoje em dia, continuo a trabalhar exactamente da mesma forma e nem sequer me imagino a pintar de outra forma.
E como é que surgiu a oportunidade de realizar uma primeira exposição a título individual? Há aproximadamente seis meses, o meu irmão - que curiosamente também anda nas lides da pintura - sugeriu que, dada a quantidade de quadros que já havia pintado, era chegada a altura de realizar uma exposição em nome próprio. Aliado a este facto, ele deu-me igualmente uma série de contactos de galerias, onde fui deixando um CD com o meu portfólio. Graças, provavelmente, a uma certa sorte de principiante, a galeria Cem Medos acabou mesmo por me contactar, tendo em vista a elaboração de uma exposição. Há que salientar que se tratou de uma experiência maravilhosa.
De onde provém a inspiração de um homem licenciado em Antropologia e que, ao mesmo tempo, trabalha numa empresa como a PT? Será que a sua formação académica tem alguma coisa a ver com a temática dos quadros que pinta? Em rigor, a minha entrada no mundo académico deu-se por outra via completamente diferente. Inicialmente, cheguei a frequentar a licenciatura de História Moderna e Contemporânea no ISCTE, mas rapidamente cheguei à conclusão de que a forma como a disciplina é muitas vezes leccionada, acaba por lhe tirar todo o encanto. Por outro lado, os meus professores foram pouco ou nada compreensivos com o facto de eu ser um trabalhador-estudante, pelo que, ao fim de um ano, decidi que tinha mesmo que mudar de curso. Naquela altura, debati-me com uma questão: que licenciatura poderia conciliar com o horário pós-laboral e, ao mesmo tempo, captasse o meu interesse? Foi então que, em boa hora, encontrei um folheto sobre o curso de Antropologia e considerei “inevitável” fazer esta licenciatura. Hoje, sinto-me profundamente agradecido por estes quatro anos e, sinceramente, aconselho este curso a toda a gente. Como é óbvio, a Antropologia acaba por estar intimamente relacionada com a temática central de muitos dos meus quadros, já que esta ciência, grosso modo, mais não é do que o estudo da “praxis”, das vivências do homem e dos seus aspectos culturais.
Contudo, na maior parte dos seus quadros, está bem explícita uma presença latente da figura feminina… Por um lado, tenho que confessar a minha imensa ternura pelas mulheres, pelo seu corpo e pelas suas zonas erógenas, que, nos meus quadros, surgem destacadas com enorme veemência. Por outro lado, fascina-me o facto da mulher, nos dias que correm, ter um papel na sociedade que se vai diferenciando cada vez mais face ao homem e é justamente nessa diferença que reside o meu interesse. Adoro a diferença, abomino o vulgar e todos os lugares comuns que nos rodeiam no dia-a-dia.
Nesse caso, podemos deduzir que as experiências de Fernando Baleiras enquanto empregado da PT ou como licenciando em história não servem de fonte de inspiração para a sua expressão artística... Tudo me serve de inspiração, mesmo aquilo que, à partida, possa parecer perfeitamente banal. Porém, enquanto pintor, o que mais pretendo é justamente uma fuga dessa banalidade. Quando estou no meu local de trabalho, sou obrigado a manter uma postura racional, mas, quando me refugio no mundo da pintura, brota de mim esse espírito que transforma materiais em arte. A minha mulher é a primeira a reconhecer que, quando venho do meu pequeno mundo - o meu atelier - sou uma pessoa mais forte, mais solta, mais livre. No fundo, é como uma noite de álcool, que corta com a vivência quotidiana.
A verdade por detrás de um nome
Fernando Baleiras é, na verdade, um pseudónimo escolhido por este pintor de Oeiras, que, de acordo com o seu Bilhete de Identidade, se chama Fernando Rodrigues. “Inicialmente, cheguei a assinar alguns quadros com o meu nome verdadeiro, mas, a dada altura, a minha mulher sugeriu-me que criasse um pseudónimo, com o qual deveria passar a assinar todas as minhas obras. Foi então que, ao mesmo tempo que mantive o meu primeiro nome, decidi adoptar o apelido da minha mulher - ‘Baleiras’ - como forma de diferenciar a pessoa que enfrenta o dia-a-dia daquele outro ‘eu’, que se expressa através da pintura”.
O poeta para além do pintor
Paralelamente ao seu trabalho como pintor, Fernando Baleiras teve também uma pequena incursão pelo mundo das letras - da poesia, se quisermos ser mais explícitos. Em 1996, Fernando Baleiras (juntamente com o seu irmão Ângelo) foi um dos doze autores que participou numa compilação poética chamada “Bosque Flutuante – o vírus na rede dos camaleões”. Será que, um dia destes, teremos um livro de poemas com a assinatura de Fernando Rodrigues? “Tudo é possível, até porque tenho escrito alguma poesia ao longo dos últimos tempos. Contudo, neste momento, estou integralmente focado na pintura - acima de tudo, senti-me apaixonado pela cor e pelo lado pictórico do Mundo”.
in Notícias da Manhã
● JORNAL INSIDE – 3/2/2005: A Livraria, Galeria e Café Cultural ‘Cem Medos’ acolhe a exposição de pintura de Fernando Baleiras. Intitulada «Desejo e Emoções: o Ofício da Viagem», a mostra estará patente de 5 a 18 de Fevereiro de 2005
CRITICA
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1 comentário:
Baleiras,
Sem comentários, você é arte,você
é lindo em seu interior e traz para fora a arte que esta dentro de ti.
Parabens!!!
Quero agradecer minha amiga Maria
Helena Baleiras por enviar essa maravilha de artista, desculpe, pois não me conhece, sou brasileira
e moro em Portugal, tambem sou artísta plástica e foi por isso que ela fez questão de mandar.
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